Menu fechado

Bitcoin e Blockchain, a nova era da internet

O Bitcoin é uma aplicação de criptomoeda que se tornou um ativo com valor de verdade, sem a necessidade de haver um banco ou outra instituição que garanta o seu valor. Comprar e vender bitcoins já é uma realidade na maioria dos países.
O aparecimento do Bitcoin se deu graças a uma outra nova tecnologia chamada Blockchain, que permite registrar informações de forma cronológica, eterna e imutável. Essas duas são as mais novas tecnologias que têm amadurecido recentemente na Internet, com potencial de gerar outras aplicações e tecnologias disruptivas que a gente nem consegue imaginar.
A Internet permitiu o surgimento das redes sociais, Internet das Coisas (IoT) e outras inovações, que impactaram – e continuam tendo reflexos significativos – a forma como vivemos e nos relacionamos. Agora, ela está mais uma vez nos trazendo grandes mudanças, mas dessa vez diretamente relacionadas com o valor e a confiança das transações e isso, por si só, já torna tudo muito mais sério.
Estamos chamando essa tecnologia da Criptomoeda, de Internet do Dinheiro, e o Blockchain, de rede de confiança. Essas duas tecnologias podem mudar alguns de nossos paradigmas, que as torna bastante complicadas de se entender e explicar em poucas palavras e pouco tempo.
O Blockchain consegue alterar as relações comerciais a que nós estamos acostumados, gerando confiança entre desconhecidos. Isso pode ter impactos em todos os mercados e segmentos da economia, seja varejo, político, financeiro ou o que quer que seja. Parece mágica, mas é realidade.
É preciso estudar bastante, e analisar todos os pontos de vista e possibilidades. Blockchain e criptomoedas são como religiões: existem diversos grupos de pessoas com diferentes visões, muitas delas atreladas a um mesmo “deus”. Trazendo isso ao mundo do Blockchain, há os extremistas, que o consideram o início do fim de grandes instituições centralizadoras que, por sua vez, apostam na tecnologia por vislumbrarem seu potencial de funcionar como um redutor de custos, além de promover otimizações e mais segurança.
Existem diversos tipos de redes Blockchain, públicas, privadas, permissionadas, livres, dentre outras. O grande desafio hoje é identificar qual é a mais adequada e a que mais valor agrega para cada negócio. Isso requer um parceiro experiente que auxilie cada empresa a explorar as possibilidades dessa tecnologia e sair na frente da concorrência.
Esse assunto começou a interessar o mercado financeiro em 2016 no Brasil, mas, no Exterior, o tema está muito mais maduro e algumas instituições financeiras e empresas já estão começando a utilizar para valer essa tecnologia.
A Visa, por exemplo, anunciou em outubro sua plataforma de pagamentos entre empresas, B2B Connect, que utiliza Blockchain e será iniciada como piloto em 2017. A NASDAQ, que tem desde o final de 2015 o sistema de negociação LINQ em Blockchain, lança agora, no final de 2016, mais um sistema, desta vez para os acionistas das empresas listadas na bolsa OMX Tallinn poderem participar mais dos processos de votação.
Os impactos vão muito além do mercado financeiro. Um compositor, por exemplo, quer registrar uma música para comprovar no futuro que é o seu autor, que a fez numa determinada data, mas não precisa mais pagar alguém para servir de testemunha disso. Basta que ele a registre na rede do Blockchain e sua música ficará lá para sempre, de forma imutável, com sua data de registro.
Outro exemplo de aplicação do Blockchain é a possibilidade de agilizar e otimizar alguns processos de negócio, facilitando o trabalho da área de compliance e rastreabilidade de ativos.
Portanto, essas são tecnologias que tendem a se desenvolver muito, principalmente no Brasil, um país em que as empresas estão ávidas por mais segurança, redução de custos e otimização de processos.
Marcello Kazuo Miyajima, diretor de Novas Tecnologias e Inovação da 7COMm.
Fonte

Post relacionado