por Diego Salim De Oliveira
Até hoje, vemos líderes que se mostram muito bem preparados em alguns aspectos, sobretudo operacionais, técnicos, comerciais e/ou financeiros, mas fraquíssimos em um aspecto importantíssimo, a Liderança.
Liderar é uma responsabilidade muito complexa, que depende, além de muito preparo, de se saber liderar. Não basta se ter um excelente conhecimento e experiência em negócios, finanças e outros temas. Mais importante que isto, é saber liderar, e independentemente da área de atuação, o que lideramos não são números ou máquinas, mas sim, pessoas.
São as pessoas, quando motivadas, bem treinadas e preparadas, e principalmente, bem lideradas, que atuam de forma a levar a empresa a alcançar seus objetivos.
Entretanto, muitos “líderes”, ou profissionais que se encontram em posição de liderança/chefia, se esquecem das pessoas.
Inúmeros temas são importantes, mas sem as pessoas, não se chega a lugar algum.
Por isto, vejo como extremamente despreparados, aqueles que se sentem líderes, mas se esquecem das pessoas, que se esquecem dos liderados.
Despreparados, pois não têm a mínima ciência da importância para o líder em cuidar de seus liderados.
Se não o faz por paixão às pessoas, deveria o líder fazê-lo ao menos por conta dos resultados.
Por razões óbvias, líderes e empresas que tratam seus profissionais com pessoas e não meros ativos substituíveis, tendem a fazer com que seus liderados formem não uma equipe ou um time, mas um verdadeiro exército, onde cada membro ajuda aos demais e ao próprio time, onde todos se sentem parte e principalmente, responsáveis pelo sucesso da empresa, onde, por identificação com a empresa, passam a sentir como se seu dever primário fosse alcançar o sucesso coletivo, não individual.
Mesmo assim, ainda presenciamos inúmeros casos de “líderes”, aliás, chefes que se acham líderes, que querem apenas usar o potencial de seus funcionários ao máximo, pagando o mínimo possível, e, quando atingirem o desgaste físico ou mental imposto pelo stress, simplesmente trocá-los.
Até mesmo diretores e donos de empresas bem sucedidas, sobretudo empresas nacionais, que ainda por cima, quando o desempenho do funcionário cai, ainda culpam o funcionário, dizendo que se acomodou, perdeu o pique, e coisas do gênero.
Isto me deixa impressionado com a falta de intelecto de quem assim pensa.
É claro que existem funcionários, que por mais que a empresa e seu líder sejam exemplares, vão, por alguma razão pessoal, se acomodar, desejar apenas a “boa vida”, mantendo-se no cargo, com mínimo esforço.
Mas, certamente estes casos são uma minúscula minoria.
Geralmente, os funcionários que possuem tal caráter, se mostram logo nos primeiros meses, quando não nas primeiras semanas.
Já os funcionários que se mostram dedicados, comprometidos e com alto desempenho por anos, certamente, quando a queda no desempenho é notada, esta queda é sim um problema da empresa e de liderança.
O líder inteligente sabe que deve rodear-se dos melhores. Não apenas os mais inteligentes, maiores conhecedores do assunto, mas também, os mais fiéis e dedicados.
Os demais, os preguiçosos, que não demonstram comprometimento, estes sim, devemos logo, sem perda de tempo, devolver ao mercado e torcem para que sejam contratados por nossos concorrentes.
Mas é claro, para ter os mais comprometidos e os melhores ao seu lado, a empresa e o líder devem criar condições para isto. Estrutura e condições de trabalho, ambiente corporativo agradável, remuneração atrativa, e principalmente, uma gestão humana. Não uma gestão frouxa, que aceite desculpas, mas uma gestão que saiba entender e diferenciar os indivíduos, dando-lhes o reconhecimento e benefícios que merecem, de acordo com o que fazem por merecer, que cobra e pune quando merecido, mas também, reconhece, aplaude e recompensa quando merecido.
Sobre Diego Salim De Oliveira
Profissional com mais de uma década de experiência no segmento de Tecnologia, graduado em Marketing e pós-graduado em Administração pela Universidade Paulista, com MBA Internacional em TI (MIT – Master in Information Technology) pelas conceituadas FIAP e Singularity University (localizada dentro das instalações da NASA e apoiada por algumas das principais empresas de Tecnologia dos EUA, a Singularity University é referência mundial em Tecnologia e Inovação), extensão universitária em Gestão da Força de Vendas pela Fundação Getulio Vargas (FGV), além de mais de 20 certificações em TI
Fonte: TI Especialistas