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Blockchain pode dar ao Brasil o 7 de setembro nas fraudes do setor público

Na semana anterior ao feriado de Sete de Setembro, quando comemoramos a Independência do Brasil, a Comissão de Fiscalização Financeira e Controle da Câmara dos Deputados, realizou em Brasília uma audiência pública que acabou trazendo uma luz no fim do túnel no sentido de levar o país a conquistar a libertação em relação a um mal do qual ele ainda é totalmente dependente: O elevadíssimo nível de fraudes no setor público.
A luz em questão se chama Blockchain e os especialistas que participaram do evento defenderam a tese de que a tecnologia é capaz de favorecer o aumento da transparência às contas do governo e tem o poder de se transformar em uma alternativa para integrar as bases de dados dos órgãos públicos.
Uma das posições mais impactantes sobre o assunto foi apresentada pelo representante da Fundação Etherium, Alex Van Sande. Segundo reportagem publicada pelo portal Computerworld, com apoio da Agência Câmara Notícias, ele teria dito que o blockchain permite definir as regras de como um dinheiro pode ser gasto, quem pode tomar decisões sobre ele e uma vez que isso está na rede, uma vez que isso está online, é matematicamente impossível que se desvie um centavo, sequer, fora daquelas regras que foram definidas pelo software.
Na mesma reportagem, o secretário de gestão de informações do Tribunal de Contas da União (TCU) afirmou que se houvesse uma integração maior entre as informações da administração pública federal, o risco de realizar fraudes ou irregularidades no pagamento de benefícios sociais, para citar somente um exemplo, seria muito menor. “E seria muito mais barato também, tanto para o gestor da política como as instituições de controle, checarem se aquele pagamento é correto ou não”, declarou.
As avaliações brasileiras sobre o uso do blockchain pelos governos estão longe de serem uma movimentação isolada. Na mesma semana na qual acontecia a audiência pública em Brasília, o governo da China anunciou que vai começar a usar o Blockchain para coletar impostos e enviar faturas. O governo chinês já havia listado a tecnologia em seu “Plano Nacional de Informatização da Décima Terceira Quinquenal” a partir de 2015, e desde então vem buscando as melhores oportunidades para alcançar seus benefícios.
Diante de tal movimentação e das perspectivas positivas que ela nos oferece, comparando com as notícias que nos chegam todos os dias pelos jornais sobre malas cheias de dinheiro desviado de seu objetivo nobre, só nos resta fazer uma pequena mudança na famosa frase dita num longínquo sete de setembro. Pedimos licença ao imperador e façamos um novo brado às margens plácidas do Ipiranga: “Blockchain ou morte!”.

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