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Bancos brasileiros puxam fio da meada do blockchain com projetos antifraudes, smart contracts e boletos

Não é novidade para ninguém que a indústria financeira seja a verdadeira vanguarda no que se refere ao uso de novas tecnologias no mundo todo e também no Brasil. Neste sentido, a grande expectativa é saber como os bancos usarão na prática do dia-a-dia todas as potencialidades oferecidas pelo blockchain.
O painel “Blockchain: iniciativas dos bancos no Brasil” realizado no Ciab FEBRABAN, trouxe uma amostra significativa de projetos em desenvolvimento no país. O debate contou com a participação de George Marcel Smetana, analista Consultor do Departamento de Pesquisa e Inovação do Bradesco, de Leandro Minniti, Gestor de Produtos da CIP, Flávio Stutz, Gerente de Divisão do Banco do Brasil, Adriana Teruya, Arquiteta Enterprise no Banco Itaú-Unibanco e Elton Melo, Arquiteto de Soluções do Banco Santander Brasil.
Smetana demonstrou o projeto ‘ID de Máquina’, em desenvolvimento pelo Bradesco. Ele tem como foco a prevenção a fraudes, e seu objetivo é gerar uma identificação única para dispositivos como computadores, celulares, tablets e afins para os mesmos sejam reconhecidos por todas as instituições financeiras. Desta forma, o aparelho gerador de uma fraude em qualquer banco seria alvo de maior rigor analítico em toda a indústria.
A solução parte da necessidade de resolver o problema de que atualmente cada banco tem sua própria solução para gerar os códigos de identificação (ID) dos dispositivos com os quais se relaciona para a realização de transações. Esses sistemas não são compatíveis uns com os outros e isto dificulta o conhecimento da reputação desses equipamentos em toda a indústria financeira. O fato faz com que um aparelho usado para aplicar um golpe na instituição ‘A’, não seja identificado como suspeito pela instituição ‘B’.
Segundo o representante do Bradesco, o sistema desenvolvido em blockchain permitirá a troca de informação sobre a reputação das máquinas, inclusive com outros segmentos como o comércio eletrônico e empresas de outros países, por exemplo.
“Se alguém manifestar o interesse de fazer uma compra em um e-commerce e essa operação estiver sendo feito por um computador ou por um telefone celular que já aplicou um golpe em um banco, creio que esta informação seja valiosa para o sistema de segurança da loja eletrônica”, disse.
Outra proposta de uso do blockchain apresentada durante o painel foi o “Aceite de boleto de proposta”, que reúne Banco do Brasil, Bradesco, CIP, Itaú e Santander.
Enquanto isso, os visitantes do estande da 7COMm no Ciab tiveram a oportunidade de conhecer os detalhes do PoC de uma solução de smart contracts voltada para operações de financiamentos que a empresa desenvolve em parceria com o Banco Votorantim.
A 7COMm acompanha a tecnologia desde 2014 e em meados de 2016 consolidou a formação de uma equipe dedicada 100% ao Blockchain e DLT (Distributed Ledger Technology). O departamento está preparado para criar um ecossistema completo de desenvolvimento de soluções que inicia desde a formatação de ideias com Design Thinking, até o lançamento da solução já desenvolvida.
 

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