Mais de 350 especialistas se reuniram em Londres no início de maio para a realização do Congresso Mundial de Open Banking. Na pauta de discussões despontavam questões como: ‘De que forma a comercialização está começando a ocorrer e quais proposições se mostram promissoras?’ ‘O que já sabemos sobre o comportamento do consumidor e como isso pode moldar as estratégias de engajamento e retenção?’ Como o Open Banking melhorará a inclusão financeira e, ao fazê-lo, gerará prosperidade e permitirá às instituições financeiras alcançar novos mercados?
Os debatedores apontaram também alguns problemas que levaram muitos bancos europeus a perderem o prazo de 14 de março que havia sido estipulado como limite para que eles implementassem instalações de testes para APIs.
Em uma matéria publicada no portal do evento, o chefe de serviços financeiros e regulatórios da ForgeRock, empresa que oferece Sandbox para que os bancos testem seus avanços, apontou algumas das principais razões para este descumprimento do prazo.
Segundo ele, os maiores obstáculos foram os dados armazenados em silos através de vários sistemas e departamentos legados, bem como uma abordagem desatualizada para autenticação. “A pressão para continuar no caminho da padronização só aumentará à medida que o novo prazo de setembro se aproxima, porque os bancos têm um enorme incentivo comercial para padronizar as APIs. O potencial para agregar dados de contas de clientes em outros bancos em um único local, fornecendo ao banco e aos clientes uma visão única de suas informações financeiras, é imensamente valioso para todas as partes”, diz.
O evento teve a participação do futurista Mark Stevenson que apresentou um olhar revelador para o futuro da propriedade e compartilhamento de dados. Na sequência, a investidora e consultora Louise Beaumont coordenou um painel analisando o progresso do Open Banking Standard, do Reino Unido. O debate chamou a atenção para o relatório que deverá ser publicado na Câmara dos Comuns nos próximos meses, destacando os sucessos e desafios encontrados pelo desenvolvimento do sistema até hoje por lá.
Uma das principais constatações dos congressistas foi que a construção de um ecossistema regulamentado de compartilhamento de dados vai além da atividade bancária e pode ser adotado em outros setores como telecomunicações, serviços públicos, mídia, seguros etc.
Segundo eles, a grande vantagem dessa abordagem é que ela coloca o consumidor no comando, permitindo que ele controle quem tem acesso a quais dados e quando. O impacto de tal compartilhamento é de longo alcance.
No Brasil este processo está apenas começando, já que o Banco Central publicou em abril o primeiro documento relativo à regulamentação do Open Banking no país.
Em pouco tempo as autoridades começarão também a definir condições e prazos para as corporações financeiras estarem em conformidade com as exigências. Neste momento, sairá na frente quem estiver melhor preparado.
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