Pesquisa Administração e Uso de TI nas Empresas, da FGV, confirma crescimento do setor.
Se o Brasil está em crise, ela ainda não chegou – e pelas estimativas vai passar ao largo – da área de tecnologia da informação nas empresas. É o que se deduz da radiografia que a Fundação Getúlio Vargas (FGV) acaba de divulgar. O levantamento – em sua 26 edição – acontece anualmente a partir de um questionário padrão aplicado por alunos de graduação e pós-graduação. No caso de 2015, a análise considerou 2.340 respostas de mais de 6.000 empresas pesquisadas, um universo de médias e grandes empresas nacionais de capital privado, 68% delas pertencente ao grupo das quinhentas maiores estão na amostra.
Um resumo da pesquisa indica que o gasto e investimento em TI cresceu 7,6% na receita das empresas e o custo anual por usuário (gastos e investimentos em TI no ano dividido pelo número de usuários) continua crescendo e atingiu R$ 29, 1 mil. O levantamento também indicou que a Microsoft continua dominando as estações de trabalho – isso acontece há 20 anos – com pacotes do Windows, Office e Explorer, respondendo por mais de 90% do uso nas empresas.
Além da análise da situação nas empresas, a pesquisa da FGV também traz uma radiografia do mercado de TI geral, incluindo os consumidores domésticos. Os números também são positivos, exceto pelo crescimento da base de computadores no país que ficou abaixo dos dois dígitos. A estimativa para o período de 2014-17 é da venda de 25 milhões de equipamentos, o que seria um incremento de 6% em relação ao período analisado anteriormente (2008-13). Até o final de 2017, a base instalada de computadores deverá chegar a 200 milhões. Segundo a FGV, existem 152 milhões de computadores em uso no Brasil atualmente, o que significa 3 computadores para cada 4 habitantes (75% per capita). E atenção para a mobilidade: 24 milhões da base ativa atual são tablets.
Outro dado da pesquisa mostra o poder dos smartphones: eles acabam de ultrapassar computadores em uso, com uma densidade de 75% per capita, em maio de 2015. Se somarmos computadores e smartphones, temos 306 milhões de dispositivos conectáveis a Internet no país, sendo 154 milhões de dispositivos móveis. A avaliação indica que teremos um computador por habitante entre 2017/18, reforçando a posição do Brasil como acima da média em termos de computadores per capita em nível mundial, assim como em TVs e telefones celulares.
Fonte: IPNews