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Europa mede efeitos do Open Banking que teve início em abril no Brasil

No dia 13 de janeiro completou um ano desde que o Reino Unido deu início oficialmente ao seu experimento de Open Banking. O evento é o marco de um processo que já acumula pouco mais de 15 meses na Europa e que,  no Brasil,  só começou efetivamente no dia 24 de abril deste ano, com a publicação pelo Banco Central do Comunicado 33.455 que estabelece as principais diretrizes que irão orientar a proposta de regulamentação do modelo a ser adotado no país.
Recentemente uma reportagem do portal Finextra.com entrevistou alguns especialistas de entidades que acompanham de perto a evolução do Open Banking na Europa para saber a avaliação deles sobre o real impacto que a inovação já produziu no sistema financeiro dos países onde ele já está operando.
O resultado destas análises revela o estágio que o Brasil pode estar daqui a pouco mais de um ano, quando teoricamente teremos alcançado o mesmo tempo de maturação que o velho continente tem hoje.
O administrador da Entidade de Implementação do Open Banking (OBIE) Imran Gulamhuseinwala, por exemplo, disse que uma das principais consequências captadas no período foi uma mudança da visão dos gestores das instituições financeiras em relação ao uso do novo modelo de negócios.
Ele afirma que dois anos atrás o Open Banking era considerado por muitos como um típico exercício de conformidade, que era objeto de desejo apenas de fintechs e que na prática significaria apenas mais gastos. “Esse não é mais o caso. Os bancos mudaram muito e agora veem o Open Banking como uma oportunidade de competir e inovar”, declarou.
De acordo com números da OBIE, atualmente existem 118 organizações reguladas no ecossistema do Open Banking e 200 empresas esperando para participar. Na reportagem, o diretor da entidade afirma que o Open Banking não está acontecendo simplesmente porque os reguladores estão exigindo isso e sim porque ele representa uma oportunidade comercial e porque há uma oportunidade de tornar a infraestrutura financeira de uma nação mais eficiente, mais flexível e atender melhor aos clientes.
A OBIE observa ainda que os clientes não precisam se preocupar com o Open Banking, da mesma forma que eles não precisam se preocupar sobre como a Internet funciona: “O modelo se tornará algo que faz parte de suas vidas diárias”, diz o órgão.
Na mesma linha, ao publicar seu comunicado, o Banco Central do Brasil declarou que com o Open Banking, busca aumentar a eficiência no Sistema Financeiro Nacional, mediante a promoção de ambiente de negócio mais inclusivo e competitivo, preservando sua segurança e a proteção dos consumidores.
Os requisitos estabelecidos pelo BC indicam que deverão ser compartilhadas, inicialmente, as seguintes informações e serviços:
I – Produtos e serviços oferecidos pelas instituições participantes (localização de pontos de atendimento, características de produtos, termos e condições contratuais e custos financeiros, entre outros);
II – Dados cadastrais dos clientes (nome, número de inscrição no Cadastro de Pessoas Físicas – CPF, filiação, endereço, entre outros);
III – dados transacionais dos clientes (dados relativos a contas de depósito, a operações de crédito, a demais produtos e serviços contratados pelos clientes, entre outros); e
IV – Serviços de pagamento (inicialização de pagamento, transferências de fundos, pagamentos de produtos e serviços, entre outros).
No segundo semestre, deverão ser submetidas à consulta pública minutas de atos normativos sobre o tema e seu cronograma de implementação.
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