Após um longo processo repleto de complexidades tecnológicas e normativas, finalmente está praticamente tudo pronto na B3 para a entrada em funcionamento da 2ª fase do Projeto de Integração da Pós-Negociação (IPNV2). O projeto consiste na migração das operações relativas aos mercados de renda variável e renda fixa privada para a Câmara de Compensação e Liquidação da BM&FBOVESPA (Câmara BM&FBOVESPA).
Na sexta-feira (18) a B3 comunicou ter concluído os testes da nova plataforma e recebido as autorizações do Banco Central do Brasil (BCB) e da Comissão de Valores Mobiliários (CVM). Desta forma, as atividades de compensação, liquidação e de gerenciamento de riscos da atual Câmara de Ações da BM&FBOVESPA serão encerradas na sexta-feira (25), passando a funcionar a partir de segunda-feira (28) totalmente por meio do novo sistema. A notícia é comemorada pelos participantes dos mercados da B3 pois significa a concretização da evolução histórica tanto da Bovespa quanto da BM&F e principalmente da fusão entre as duas bolsas.
Do ponto de vista da estrutura de funcionamento das operações, o IPN-V2 trará como principal benefício a simplificação dos processos. O modelo atual trabalha com quatro ambientes e arquiteturas de TI distintas, quatro regulamentos, quatro manuais de procedimentos operacionais, quatro sistemas e processos de back-office, quatro sistemas e processos de administração de risco, quatro pools de garantia, quatro janelas de liquidação, quatro saldos multilaterais e quatro sistemas de cadastro de participantes e clientes.
A nova estrutura consolida todas essas ferramentas e procedimentos em uma única plataforma, proporcionando redução de custos operacionais e aumento da capacidade de processamento de transações estimada em até 10 milhões de negócios por dia. A B3 trabalha com a hipótese de que a compensação dos fluxos credores e devedores em um único saldo líquido multilateral trará uma economia de liquidez da ordem de R$300 milhões por dia com picos superiores a R$1 bilhão.
Isto significa na prática a liberação de recursos financeiros que antes precisavam ficar bloqueados como forma de garantia do funcionamento do sistema. Com a nova estrutura esse dinheiro poderá ser usado em investimentos reais nas oportunidades de negócios oferecidas pelos participantes da B3. Aplicados desta forma, estes valores funcionarão como combustível para o motor macroeconômico do país. Eles irão capitalizar empresas, gerar empregos, aquecer o consumo e ajudar na recuperação da economia do país.
Além do sentido patriótico, a 7COMm comemora a implementação do IPN-V2 com orgulho institucional pois a empresa teve a honra de participar ativamente como colaboradora em aproximadamente 80% de todas as iniciativas tecnológicas realizadas para viabilizar essa migração. Neste processo, a empresa disponibilizou todo o seu know how conquistado em mais de 30 anos de atuação em missões críticas e altamente especializadas, mas também aprendeu muito com a experiência a ponto de desenvolver até um novo produto, o Report Site.