A tradicional sequência atribuída às gravações de cenas no cinema; “Luz, Câmera, Ação”, pode ser traduzida no caso do blockchain para a sequência “Hype, Desafios, Implementação” e neste caso, segundo especialistas nacionais e internacionais que apresentaram suas opiniões na semana passada durante o Ciab FEBRABAN, as duas primeiras etapas já foram vencidas. O momento atual é realmente o da ação, ou implementação.
Quem tornou mais explicita a opinião neste sentido foi o Diretor Executivo do Banco UBS, Frederic de Mariz, que participou do painel “Blockchain: O que está acontecendo no mundo? ”, realizado no dia 8. Segundo ele, a nova tecnologia ultrapassou a fase das especulações sobre suas possibilidades, também avançou em relação aos temores sobre possíveis obstáculos e desafios para sua utilização e agora está no momento em que a grande maioria dos interessados está buscando desenvolver soluções para os problemas do dia-a-dia com base nesta nova ferramenta.
Apesar disso, ele resumiu que em todo o mundo, os bancos, por exemplo, estão preferindo iniciar suas experiências com blockchain em atividades internas antes de partir para uma exposição de suas operações com a nova tecnologia para o público externo. Desta forma, algumas das atividades mais avançadas em termos de soluções em uso são os pagamentos feitos entre as próprias instituições financeiras, a pós negociação e os cadastros. Os painelistas citaram casos como os projetos de custódia e aluguel de ações anunciados recentemente pela Bolsa de Valores do Chile e um sistema de cadastro desenvolvido pelo banco francês Crédit Mutuel.
No caso do Brasil, a situação é a mesma. O painel ‘Blockchain: iniciativas dos bancos no Brasil” realizado no dia anterior mostrou as instituições financeiras com alguns projetos em avançado estágio de desenvolvimento. Um deles foi o projeto ‘ID de Máquina’, em desenvolvimento pelo Bradesco, que tem o objetivo de gerar um ID único das máquinas e tornar este identificador reconhecido por todas as instituições financeiras fazendo com que o aparelho que for gerador de uma fraude em qualquer banco seja alvo de maior rigor analítico em toda a indústria. Outra proposta de uso do blockchain apresentada durante o painel foi o ‘Aceite de boleto de proposta”, que reúne Banco do Brasil, Bradesco, CIP, Itaú e Santander.
Foi neste ambiente de procura e oferta de soluções que o estande da 7COMm se destacou no evento. O slogan escolhido pela companhia, “Blockchain na prática” capturou a curiosidade que pairava no ambiente por iniciativas que pudessem mostrar os benefícios e o potencial da nova tecnologia. Os visitantes chegavam ao espaço atraídos pelo aroma agradável da inovação e aí tomavam contato com o PoC de smart contracts para financiamentos que a 7COMm está desenvolvendo em parceria com o Banco Votorantim, o aplicativo Bitpoints, para gestão de pontos em programas de fidelidade, em parceria com a Microsoft e o Grupo LTM, com uma ferramenta para antecipação de recebíveis e um portal de e-commerce que possibilitará vendas feitas em bitcoins com conversão imediata em Reais.
No caso do Bitpoints, a sensação de “Blockchain na prática”, era tão intensa que as pessoas eram praticamente arrastadas ao redor de toda a feira pela possibilidade de somar pontos e ainda ver a nova camada de comunicação em ação.
Para encerrar o episódio: 7COMm no CIAB FEBRABAN 2017 com chave de ouro no que se refere a blockchain, a cena final trouxe uma das maiores referências nacionais na tecnologia, o executivo Gustavo Paro, da Microsoft, dando declarações a respeito da eficiência da empresa em desenvolver projetos com a nova tecnologia. Assim, quando subiram os créditos indicando o final desta edição do maior congresso de tecnologia financeira da América Latina, à frente do nome 7COMm estava escrito: “Sinônimo de Blockchain na prática”.