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Blockchain será o alicerce para a construção do ecossistema da internet das coisas

Uma recente pesquisa da Frost & Sullivan estima que daqui a oito anos, ou seja: em 2025, cada um de nós que vivemos na América Latina teremos em nosso poder quase que constantemente 3,5 dispositivos conectados à internet e muitos deles com a capacidade de realizar pagamentos e transações financeiras. Isto significa um total de 2,5 bilhões de aparelhos somente no continente. Será a era da internet das coisas.
Por um lado, isto vai representar a comunicação total. A possibilidade de contato com quem quiser na hora que desejar. Teremos a oportunidade de contratar a realização dos mais variados serviços com uma conveniência e agilidade nunca antes imaginada.
Mas por outro lado, se não forem tomadas as devidas precauções, este novo ambiente significará a abertura de milhares de portas para invasões e golpes dos mais variados tipos e a consolidação de muito prejuízo e dores de cabeça, pois como garantir que tantos equipamentos se falem transacionando dados sigilosos e críticos sem permitir o mau uso destas informações?
Estes dois lados foram avaliados recentemente no Abes Software Conference 2017, congresso anual da Associação Brasileira das Empresas de Software (Abes).
Na ocasião, o executivo de tecnologia, desenvolvedor de software, pesquisador, especialista em criptografia e em finanças, Andre De Castro, declarou, segundo matéria publicada pelo portal da própria ABES,  que  o uso do blockchain vai muito além das aplicações no mundo financeiro e que essa tecnologia peer-to-peer será fundamental para deter as ameaças de ataques hackers aos sistemas legados e às implementações em computação na nuvem, além fortalecer o compliance e a governança para sistemas autônomos e criar controles para o vasto número de dispositivos conectados e descentralizados, que se terá no mundo nos próximos anos.
O especialista listou várias vantagens que em sua opinião credenciam o blockchain como a tecnologia ideal para servir como alicerce ao desenvolvimento da internet das coisas. Entre os fatores citados se destacam condições como o fato do blockchain ter presença global, ser altamente seguro e totalmente replicável, além de possibilitar agilidade em termos de auditoria e rastreabilidade de custódia, sem dependência central.
“Ele reúne escala e força, provendo um nível de serviço único e confiança sem intermediação, além de proporcionar o poder do blockchain às indústrias”, disse.
Também por isso o blockchain já é considerado uma das tecnologias mais disruptivas desde o advento da Internet e segundo reportagem, publicada pelo portal IDGNOW, deverá movimentar cerca de 1 trilhão de dólares somente neste ano. O valor representa mais de 15 vezes o volume movimentado em 2016, segundo estudo recente da Juniper Ressearch.
Apesar disso, num documento distribuído aos participantes da conferência, a ABES declarou que a adoção do blockchain no Brasil não acontecerá em ritmo disruptivo. “Será lenta, gradual e virá quando demonstrar sua maturidade lá fora”, diz o texto.
Seja como for, de forma lenta ou rápida, blockchain e internet das coisas serão partes fundamentais da construção de um novo tempo e quem não estiver preparado para elas verá a casa cair.

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