Durante o Seminário “Governo e o Setor de TI – Garantia de Inovação, Produtividade e Segurança”, realizado em Brasília, foram divulgados os primeiros resultados do Estudo sobre o Mercado Brasileiro de Software e Serviços 2015, desenvolvido pela IDC (International Data Corporation) em conjunto com a ABES (Associação Brasileira das Empresas de Software). O evento reuniu representantes da Indústria e do Poder Executivo para discutir temas relacionados ao setor de TI, Marco Civil e proteção de dados.
A pesquisa revelou que a indústria brasileira de TI está em 7º lugar na classificação mundial, somando um investimento de US$ 60 bilhões, com crescimento de 6,7% em 2014. Na América Latina, o Brasil é o país que mais investimentos realiza no setor de TI, representando 46% desse mercado. Na região, os investimentos totais no setor somaram US$ 128 bilhões.
Em 2014, todos os países somados investiram US$ 2,09 trilhões em TI. O Brasil representa 3% de todo o mercado mundial. Os Estados Unidos aparecem na liderança com US$ 679 bilhões em investimentos no setor, seguidos pela China, que superou o Japão, com US$ 201 bilhões.
Ao levar em conta apenas o setor de Software e Serviços de TI, excluindo as exportações, os investimentos somaram US$ 25,2 bilhões no ano passado. Já o faturamento do mercado de software atingiu no mesmo período a marca de US$ 11,2 bilhões, também desconsiderando as exportações. Com os mesmo critérios, a pesquisa revelou que o faturamento no mercado de serviços registrou US$ 14 bilhões em 2014.
A região Sudeste foi a que mais participação teve no total de investimentos em TI, incluindo software, hardware e serviços. Os estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Espírito Santo representam 60,67% dos investimentos do país. A região Sul aparece na segunda posição com 14,53%. As regiões Centro-Oeste (10,9%), Nordeste (10,1%) e Norte (3,7%) foram as regiões com menos investimento no setor.
Outra característica analisada pela pesquisa da ABES e IDC foi o perfil das empresas da indústria de software e serviços no Brasil. Segundo os dados do estudo, este mercado é liderado por empresas de micro e pequeno porte, cuja representatividade é de 45,62% e 49,02%, respectivamente. As empresas de médio porte somam participação de apenas 4,33%, e as grandes de 1,03%.
Outro dado interessante revelado pela pesquisa é que o número de computadores instalados no Brasil alcançou a marca de 69,9 milhões no ano passado. O país possui cerca de 120 milhões de usuários conectados à Internet, o que ajudará as empresas que trabalham com serviços de telecomunicações a alcançarem uma receita de US$ 104 bilhões até o final deste ano. Estes serviços incluem soluções móveis e custos de profissionais para redes corporativas. A utilização destas ferramentas móveis alcançará cerca de 33% dos funcionários que atuam em médias e grandes corporações.
Revelando a tendência para o mercado de TI, o estudo afirma que 45% dos investimentos em TI no Brasil durante o ano de 2015 se tratam das vendas de tablets, smartphones e computadores.
A previsão para o mercado de segurança em 2015 é de aumento, muito por conta do avanço do Cloud Computing. O segmento deverá alcançar US$ 117 milhões no país, com crescimento superior a 50%. As soluções de desenvolvimento direcionados à 3ª plataforma também devem seguir em crescimento acelerado. O Application Development e o Deployment deverão chegar a US$ 1,34 milhão em 2015. Business Intelligence e Analytics tem previsão de atingirem US$ 788 milhões até o final do mês de dezembro.
A Internet das Coisas também é apontada como uma forte tendência no Brasil. Grande parte deste otimismo deve-se à previsão de mais de 130 milhões de “coisas” conectadas em todo o país, o que representa, aproximadamente, metade da América Latina.
O Seminário “Governo e o Setor de TI – Garantia de Inovação, Produtividade e Segurança” contou com a presença de executivos e governantes que atuam diretamente no mercado de TI, como Fábio Gandour, cientista-chefe da IBM Brasil; Luiz Sergio Pires, cientista-chefe da Microsoft Brasil; Paulo Eduardo Kapp, diretor técnico-operacional da Telebrás; e o Ministro da Ciência, Tecnologia e Inovação da República, Aldo Rebelo.
Fonte: CanalTech