Recepcionistas, guias turísticos, motoristas, pilotos e uma série de funções profissionais nas quais as pessoas executam quase sempre a mesma rotina todos os dias podem estar sendo totalmente executadas por robôs dotados de Inteligência Artificial no ano de 2032. Um estudo desenvolvido por especialistas da universidade Singularity University, do Vale do Silício, apresenta um cenário futurístico para os próximos 20 anos no qual a IA é apontada como uma das colunas de uma nova civilização.
Para eles, por volta de 2030, um conjunto diversificado de sistemas de AI fornecerá parcerias para solução de problemas em praticamente todas as áreas do empreendimento humano. Essa revolução teria início já neste ano, quando os autores do estudo afirmam que a emoção começará a ser incorporada à Inteligência Artificial em interfaces de conversação.
Depois deste passo, em quatro anos já teremos um salto para uma situação na qual os robôs serão comuns na maioria das residências de renda média e nelas serão capazes de ler os lábios de forma confiável e reconhecer gestos de face, boca e mão.
Por corresponderem efetivamente a estas necessidades, as máquinas terão a habilidade de interagir com os humanos e atuar como recepcionistas, assistentes de lojas de varejo e balconistas, por exemplo.
Dez anos depois os robôs já serão comuns em todos os locais de trabalho, eliminando o ser humano da necessidade de ocupar as funções citadas no início deste texto e uma série de outras.
A previsão sugere que em 2034 a Inteligência Artificial permitirá a conquista de soluções para as questões mais inusitadas e difíceis que se possa imaginar, como a cura para o câncer e a eliminação da pobreza, por exemplo.
Dois a anos depois, a IA se tornará onipresente nas cidades, com a utilização de energia solar, fornecimento de transporte humano seguro e uma série de outras utilizações. Em 2038, ou seja, daqui a 20 anos a tecnologia terá transformado a vida humana de uma forma que ela será irreconhecível em comparação com o que temos hoje.
É uma previsão. Uma suposição. Pode haver erro de cálculos. Talvez demore um pouco mais. Pode ser que aconteça até mais rápido. Seja como for, se aceitamos que essas coisas estão a caminho, não temos desculpas para não nos prepararmos para elas.
E o que significa se preparar?
Quer dizer avaliar a questão por todos os ângulos a começar pelo diagnóstico sobre como está a situação de cada empresa em relação à inteligência artificial hoje. Quais são os planos que a corporação tem para esta tecnologia neste ano, ou nos próximos cinco anos, por exemplo? O que fazer para ser relevante nesta nova civilização? Que tipo de serviços realizados pela companhia hoje podem ser realizados por robôs? Como preparar a força de trabalho atual para esta substituição?
Enfim. São muitas perguntas com poucas respostas à disposição. Talvez seja necessária alguma ajuda para pensar junto em tudo isso. E não se pode demorar muito para começar. Afinal, 15 ou 20 anos passam muito rápido.