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No futuro blockchain pode dominar eleições, mas hoje os presidenciáveis sabem muito pouco sobre o assunto

Há quem diga que as características da tecnologia blockchain sejam ideais para tornar os processos eleitorais mais seguros e ágeis, trazendo uma série de benefícios para a sociedade. Alguns futuristas chegam a apostar que no futuro as votações serão feitas por este sistema e que ele eliminará as desconfianças sobre fraudes e os grandes esforços de contagem e checagem dos votos.
Um indício de que esta evolução tecnológica está a caminho é a informação de que o Estado americano da Virgínia Ocidental está pronto para permitir que cidadãos que servem nas forças armadas além de outras pessoas que vivem no exterior votem via smartphone com um aplicativo chamado Voatz em novembro de 2018. Essa será a primeira instância de votação em um smartphone em uma eleição federal.
Outro exemplo foi a cidade japonesa de Tsukuba. O município testou o uso da tecnologia blockchain em seu sistema de votação. Os eleitores puderam participar usando seu My Number Card, que é um número de identificação de 12 dígitos emitido para todos os cidadãos do Japão, introduzido em 2015. Com ele os eleitores puderam votar para a implementação de diferentes programas sociais. Os participantes puderam escolher quais das 13 iniciativas consideravam mais dignas de apoio financeiro, variando do desenvolvimento de equipamentos para melhorar o diagnóstico do câncer até um programa de navegação sonora nas cidades e novos equipamentos para atividades ao ar livre.
Sim. Tudo isso pode ser verdade, mas por enquanto, os candidatos a assumir a presidência do Brasil nos próximos quatro anos demonstram muito pouca intimidade com o assunto.
Uma amostragem feita pelo portal Infomoney mostrou que quando existe algum conhecimento, ele quase sempre associa Blockchain somente às criptomoedas.
A reportagem mostra quem um dos que mais se arriscaram a falar do tema foi João Amoedo. Talvez por sua origem no mercado financeiro, o candidato do partido Novo chegou a dar entrevistas a veículos especializados no assunto, como o Portal do Bitcoin.
Na ocasião ele revelou não acreditar que as criptomoedas sejam ameaças ao sistema bancário tradicional e ver a tecnologia como uma possibilidade de trazer vantagens em forma de mais um meio de pagamento para os consumidores.  Amoedo também se posicionou afirmando que considera cedo para definir regras rígidas que delimitem um mercado que ainda está em formação.
Já Ciro Gomes tenta explicar a tecnologia do Blockchain em um vídeo, mas não chega a convencer sobre uma possível intimidade com o tema.
Outro que usou a estratégia do vídeo para falar do assunto foi Álvaro Dias. Segundo o portal Livecoins, o candidato publicou um vídeo no Grupo Bitcoin Brasil. O material focado na questão da taxação das criptomoedas não revelou, no entanto, a posição do político se favorável ou contrária à ideia.
Enquanto isso, a ecologista Marina Silva, da Rede, embora ainda não tenha se expressado sobre a inovação tecnológica, usou na campanha um processo de CrowdFunding chamado “Voto Legal” baseado na tecnologia do Blockchain da Decred.
Pelo visto, se depender do presidente que será eleito nos próximos meses, o Brasil ainda está longe de dar passos significativos na direção do uso das potencialidades do Blockchain para qualquer coisa que não seja as criptomoedas.
Felizmente, o país não depende somente dos políticos para caminhar rumo à modernidade. A 7COMm acompanha de perto o desenvolvimento do Blockchain em todas as suas potencialidades e está pronta para trabalhar na construção dos mais variados projetos com a tecnologia. Por isso, antes mesmo do próximo presidente tomar posse entre em contato e vamos avançar juntos.

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