Uma pesquisa recente publicada pela IQVIA, fornecedora líder global de análise avançada, soluções de tecnologia e serviços de pesquisa para o setor de ciências da vida, mostrou que apesar da crise, o Brasil subiu duas posições no ranking global, tornando-se o sexto maior mercado farmacêutico do mundo com vendas estimadas em US$ 33,1 bilhões em 2017 (com base nos preços fábrica). O resultado coloca o país atrás apenas dos Estados Unidos, da China, do Japão, da Alemanha e da França.
O estudo revelou também que as vendas nacionais de medicamentos devem continuar crescendo a uma taxa anual composta entre 5% e 8% no período 2018-2022, o que significa um patamar bastante superior ao aumento dos gastos globais com medicamentos. Como isso, o Brasil deve se tornar o quinto maior mercado farmacêutico do mundo até 2022, superando a França.
Paralelamente a este crescimento orgânico, o segmento discute os melhores caminhos para potencializar este crescimento e levar maiores e melhores cuidados às pessoas com o uso da tecnologia.
A 7ª edição do Congresso de Inovação em Materiais e Equipamentos para Saúde (CIMES), evento promovido pela ABIMO (Associação Brasileira da Indústria de Artigos e Equipamentos Médicos, Odontológicos, Hospitalares e de Laboratórios) CIMES e realizada no final de agosto em São Paulo, abordou o assunto no painel intitulado “Onde estamos com a tecnologia”.
Entre os temas discutidos se destacaram a humanização dos procedimentos e uma gestão centrada no paciente, segurança, e a importância da indústria e da luta contra o desperdício.
Um dos participantes, Ricardo Valentim, representante do LAIS (Laboratório de Inovação Tecnológica em Saúde), declarou que a inteligência artificial, por exemplo, consegue escalar, maximizar o cuidado e valorizar o trabalho do profissional. “E quando investimos nisso, ampliamos o ganho”, disse.
Outro painelista, José Cláudio Terra, diretor de inovação do Hospital Albert Einstein, complementou a relação da inteligência artificial e da tecnologia com a melhoria de custos afirmando que “Tecnologias como chats e telemedicina garantem o acesso. E isso só é possível com escala”.
A opinião teve a concordância de Jefferson Gomes Fernandes, consultor e membro da Associação Paulista de Medicina. Ele afirmou que a tecnologia aumenta acesso, reduz custo e pode ser feita com eficácia e segurança.
Em outro momento, Valentim ressaltou que produzir inteligência artificial justamente para gerar bem-estar social à humanidade pode ser uma vantagem competitiva para o Brasil. Nisto ele foi acompanhado pelo professor da FioCruz, Carlos Gadelha, que após traçar um breve comparativo entre o cenário brasileiro e os de outros países desenvolvidos declarou : “ O Brasil precisa tomar cuidado para não se tornar apenas importador e consumidor de tecnologia”.
A 7COMm tem acompanhado de perto a aplicação da tecnologia como aliada dos laboratórios e outros segmentos da indústria farmacêutica e de saúde como um todo no Brasil. Caso sua empresa tenha projetos neste sentido, entre em contato e vamos trabalhar juntos.