Após terem a oportunidade de ouvir a mais de 350 palestrantes divididos em oito diferentes auditórios, falando de temas como Inteligência Exponencial, inovações tecnológicas, transformações digitais e o futuro do sistema financeiro, os participantes da edição deste ano do Ciab Febraban, realizado na semana passada, saíram do evento com a nítida compreensão de que toda evolução que se espera para a indústria financeira está atrelada às tendências de mudanças de comportamento da sociedade, que por sua vez serão muito fortemente influenciadas pela tecnologia.
Este sentimento ficou especialmente claro em palestras como: “O futuro do trabalho”, proferida pelo diretor do Center for the Future of Work, Ben Pring, no último dia das atividades do congresso. Na ocasião, o futurista rebateu os estudos da Universidade de Oxford, segundo os quais a revolução tecnológica que estamos vivendo acabará com 47% dos trabalhos no mundo inteiro.
Para Pring, na verdade o que deve acontecer é que apenas 12% dos trabalhos existentes irão sumir. Em contrapartida ele afirma que serão criados 13% de novas ocupações, enquanto os 75% restantes irão se reinventar.
Em sua apresentação, o professor mostrou alguns dos possíveis novos trabalhos, que estão baseados em 3 C’s: “Coaching, Connecting e Caring”, e esses novos ofícios vão desde consultoria em bem-estar financeiro, até a produção de histórias para realidade aumentada.
Na palestra “O futuro do trabalho, das empresas e das indústrias”, a interligação entre a indústria financeira e o novo comportamento da sociedade foi reforçada. Nela, o professor Santiago Andreuzza, sócio fundador da Aerolito; e o professor Diogo Tolezano, fundador da Pluvi.On, mostraram cases de empresas inseridas na economia digital e seus modelos de negócios, e ainda debateram como as empresas inseridas na economia tradicional têm de se reinventar e inovar a própria gestão para se modernizarem e não ficarem ultrapassadas
A forma como a indústria financeira vem se adaptando para corresponder a essas expectativas foi demonstrada, por exemplo, em palestras como a do presidente da Abecs (Associação Brasileira das Empresas de Cartões de Crédito e Serviços) e CMO do Itaú Unibanco Fernando Chacon. Ele apresentou as novidades em termos de meios de pagamento, como a tecnologia P2P e o novo crediário, uma forma de financiamento ao consumo com prazos menores aos lojistas.
Outro importante passo futurístico que já está sendo dado pelas instituições financeiras foi explicado pelo grupo Blockchain FEBRABAN. Ele apresentou um protótipo desenvolvido de forma colaborativa por bancos e instituições financeiras para compartilhar informações de segurança sobre dispositivos móveis (celulares, tablets) que venham a ser usados pelos clientes na relação com o banco.
Para ter uma noção de como este processo evolutivo está se dando ao redor do mundo, uma importante contribuição foi dada pela mesa de discussão que abordou inovação nos bancos chineses. Nela, executivos da Huawei e NewLand apresentaram o fenômeno do mobile payment na China.
Mais de 600 milhões de chineses pagam refeições, táxis e até compram carros usando o pagamento que atrela seu celular à sua conta corrente. Para o executivo da Huawei, inovações como o pagamento móvel inclui gente não bancarizada no sistema financeiro, reduz custos de TI e aumenta a receita dos bancos.
A tecnologia usada como fator de inclusão por meio de colaboração parece ser mesmo a tendência não só para a indústria financeira, mas para todas as áreas do relacionamento humano. A 7COMm participou ativamente como um dos estandes mais visitados do CIAB. Entendemos o recado e estamos prontos para ajudar. Precisando é só chamar.